Estamos em pleno outono, o inverno que só começa em 22 de junho, portanto daqui há 13 dias, se anuncia rigoroso. A imagem que vemos reproduz a geada que se formou sobre os campos de Santa Maria e região nesta madrugada que passou.
Café, chocolate quente, fondue, sopa, mocotó, amendoim torrado, pinhão assado na chapa são delícias que ajudam a suportar o frio ao lado dos mantôs, cashemeres, cachecóis, botas, pantufas, polainas, chapéus e outros tantos acessórios que nos fazem elegantes e charmosos. O toque romântico do inverno fica por conta do fondue, de um bom vinho, do fogo na lareira e de uma boa companhia.
Ao lado dessas maravilhas temos também a outra dimensão do frio, a da falta de agasalho, da fome, do ter que dormir amontoado para se aquecer, quem sabe até tomar uns goles de cachaça para aguentar a friagem. Triste contraste, aquilo que para uns inspira e é romântico para outros significa tristeza, desalento e esperança de que as campanhas que são feitas anualmente possam trazer um pouco mais de calor, o calor humano que espanta o frio da pobreza, da necessidade, do desamparo.
Olhemos nos nossos roupeiros que, assim como o meu, por certo está abarrotado de roupas que, por não mais estarem na moda, ficarão guardadas para quem sabe nunca mais serem vestidas.
O desapego, nestas horas é mais do que uma atitude pessoal para abrir espaço para novos rumos, é imperioso e vai amenizar a falta de agasalho para este inverno que se anuncia como muito rigoroso.
Procuremos os postos de arrecadação. Vamos fazer um mutirão contra o frio, agasalhemos tantos quantos forem possíveis para podermos curtir as maravilhas que o frio proporciona e curtirmos sem remorsos esta linda e contraditória estação que é o inverno.
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